Connosco esteve o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Dr.José Alberto Gonçalves, que deixou uma mensagem de reconhecimento pela importância do papel da mulher na sociedade.
Vânia Jesus, membro da nossa Comissão Política e responsável pela organização desta iniciativa, a quem desde já agradecemos o seu empenho e dedicação para que tudo corresse bem, destacou as profissões que outrora eram exclusivas do homem e que hoje são igualmente bem desempenhadas pelas mulheres!
Agradecemos também à D.Anabela e à D.Manuela pela dinâmica que emprestaram a esta comemoração, ao trazerem os seus grupos habituais à nossa iniciativa! A D.Manuela, que infelizmente não pôde estar presente por motivos de saúde, foi lembrada por todos. Que recupere rapidamente!
Por último, mas não menos importante, um agradecimento especial ao Sr. Carlos, gerente do Café Relógio, pela excelente colaboração que nos deu!
Bem hajam!
1 comentário:
O 25 de Abril e a Constituição da República Portuguesa de 1976 criaram as condições jurídico-políticas para que todas as mulheres portuguesas, sem excepção, obtivessem o pleno direito de votar e de serem eleitas para cargos políticos.
Hoje temos assistido a um maior número de mulheres em actividades e profissões que anteriormente eram tidas como "exclusivas" do Homem.
Da minha experiência pessoal e porque exerço cargos políticos deixo-vos umas notas, só para clarificar.
Nunca me senti discriminada no meio político por ser mulher. Mas assumo que existem dificuldades acrescidas...
Na política mesmo aquelas mulheres que já estão afirmadas politicamente, o estar por mérito nunca esteve garantido aos olhos de gente de má fé.
Mas outras dificuldades acrescidas se juntam, sobretudo ao nível pessoal.
Muitos questionam a dificuldade que deve ser uma mulher estar em cargos na política, entre outras coisas, porque:
1. As reuniões são até às tantas;
2.Temos de correr as capelinhas todas;
3. Temos de cair e tornar a levantar, tornar a cair e tornar a levantar perante os obstáculos
4. Somos alvo de críticas permanentes;
5. Somos permanentemente objecto de inveja;
6. Damos e recebemos uns berros de vez em quando;
7. Por fim temos de encarar tudo isto com um sorriso natural e continuar a lutar.
Mas perguntam-me em que é que isto pode ser mais difícil para a mulher?
É que a tudo isto ainda vivemos numa sociedade que é incutido à mulher os papéis sociais e o desempenho da vida doméstica.
Sou mulher e sinto que dedico muito do meu tempo ao trabalho, e conciliar com outras tantas coisas da nossa vida pessoal, não é fácil, mas quem fá-lo por gosto não cansa.
Tenho na política a oportunidade de contribuir para o bem da Região, Madeirenses e Portossantenses ...a esse desafio procurarei ser exigente... e por essa oportunidade, desafio sempre que posso outras mulheres.
Sinto que tenho essa responsabilidade.
É verdade que estamos a falar de Política, estamos a falar de um meio extremamente agressivo, mas também só cá anda quem quer, homem ou mulher.
Actualmente temos a lei descabida das quotas. Mas as Mulheres não se podem deixar, perante ela, cair na menorização.
Pensemos de forma construtiva: ainda muito se pode fazer para chamar mulheres com qualidade para a política.
Já agora, homens com qualidade e mérito… também. Desculpem, mas é que ninguém fala disso…
Não subscrevo a lei das quotas, mas é a que temos.
Entendo que não devemos é perder de vista o principal:
Maior participação das mulheres para um melhor sistema democrático.
Tenho dito!
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