Alberto João Jardim acusou ontem de haver mobilização em Lisboa e também na Madeira contra ele e o PSD. Porque não obedecem a Lisboa e aos grandes interesses instalados e porque os ingleses não perdoam terem perdido o poder que tinham até há trinta anos atrás.O presidente do PSD Madeira, que falava em Gaula, para mais de oitocentas pessoas, que lotaram, por completo, o recinto disponibilizado pela organização, denunciou: «Agora que há eleições na Madeira, eles mobilizaram-se todos, desde os partidos todos à maçonaria passando pelos grandes interesses económicos, porque há aqui um tipo que é preciso abater e que não obedece a Lisboa, porque há aqui um povo que não se agacha e sabe defender os seus direitos».«A fúria deles, em Lisboa, é que há gente que, na Madeira, lhes bate o pé. Durante 550 anos, e os documentos que estão no Arquivo do Funchal provam-no, dois terços do nosso suor foi levado pelo Estado português. Até que apareceu o PSD, não foi só eu, e dissemos “acabou, na Madeira mandam os madeirenses”. Lisboa manda em todo o lado e as outras partes do País não tem voz», criticou.Mas, esta altura está também, segundo aquele dirigente partidário, «a ser aproveitada pelos antigos donos da Madeira».«Ao contrário do que se diz aí, as eleições não são uma luta entre o PSD e os outros partidos. Isto é uma luta muito mais profunda, é entre o PSD e os grandes capitalistas ingleses, que nunca perdoaram as alterações que fizemos na Madeira, que controlam os partidos da oposição, que pagam os partidos da oposição, mais uma burguesia rica mascarada de Esquerda, que no 25 de Abril estavam com uma mão à frente e outra atrás e que enriqueceram graças à social-democracia», complementou..E prosseguiu: «Estão a aproveitar este momento para atacarem-me e à Madeira. Eu disse-vos que a Madeira era a região mais atrasada do País quando cheguei ao Governo e eu não ia deixar que isso continuasse, com o dinheiro a ir para lá para eles gastarem mal como gastaram. Não, gastou-se o dinheiro aqui, porque o dinheiro era nosso e os madeirenses tinham o mesmo direito de terem as mesmas coisas dos outros portugueses do Continente».Alberto João Jardim pediu ainda uma grande vitorio a 9 de Outubro, «para demonstrar, aos ingleses e aos capitalistas que estão feitos com eles e ainda aos partidos que são criados deles, que o povo madeirense não deixa a Madeira voltar atrás». Depois, «é dizer ao Continente que podem esbracejar, mas acabou-se o tempo em que mandam nos madeirenses, agora se quiserem tem é de negociar com o povo madeirense».Críticas ainda ao PS: «Tem como candidato um indivíduo que quando era deputado cozinhou com Sócrates a lei que roubou a Madeira. Em bom português chama-se traidor».Mas, não foi só o PS. «O PP fez como Pôncio Pilatos e absteve-se na lei, os madeirenses que se lixassem. E ainda fizeram-se com o Blandy para fecharem o JORNAL da MADEIRA e darem o monopólio ao Blandy o monopólio da informação. Os ingleses querem ficar sozinhos no mercado».«Em Lisboa, o PP faz coligação com o PSD, mas aqui não querem fazer. Graças a deus, porque não vai ser preciso, porque vamos ter uma grande maioria. Mas, eles querem entregar o poder ao PS. São as ordens do Blandy, querem que governe o partido que mais prejudicou a Madeira. Votar no PP é dar o poder ao PS, porque eles querem fazer uma coligação com o PS. O voto no PP não é um voto no CDS, é um voto para pôr o PS no Governo», disse ainda.Também o movimento que lidera Gaula, na Junta, foi criticado: «Não gosto de ver pessoas enganadas. Em política não há independências. É bom que ninguém se deixe enganar por camuflagens».
in JM 2011-09-04
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